GREVE DAS IPSS - 22 DE JANEIRO DE 2025
CONCENTRAÇÃO À PORTA DA CNIS 11h00, RUA DA REBOLEIRA - PORTO (RIBEIRA)
O
Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Solidariedade e Segurança Social,
em conjunto aos demais sindicatos que constituem a Comissão Negociadora
Sindical do Contrato Coletivo de Trabalho para as IPSS, designada por
FEPCES e outros, emitiu um pré-aviso de greve, que tem como principal
objetivo desbloquear a negociação do CCT, e envidará todos os seus
esforços para que todos os seus sócios compreendam a importância e
justeza da razão da greve convocada para o dia 22 de Janeiro, e estejam
presentes na concentração que se realizará nesse dia à porta da sede da
CNIS, Ã s 11h00, na Rua da Reboleira-Porto (Ribeira).
A
Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), em
ambas as mesas negociais do CCT para 2025, a primeira realizada a 13 de
Novembro de 2024 e a segunda no passado dia 16 de Dezembro de 2024, como
é hábito todos os anos, mais uma vez escudou-se atrás do facto de ainda
não terem sido negociados com o governo os protocolos de cooperação
para manter a negociação parada, adiando sucessivamente o processo.
A
experiência que têm os sindicatos que fazem parte da mesa negocial diz
que quanto mais tarde for negociado o CCT mais prejudicados saem os
trabalhadores, desde logo por não verem os seus salários aumentados em
Janeiro, quando todos os preços aumentam, mas também porque uma boa
parte das instituições cometem a ilegalidade de não pagarem retroativos
que apenas por via judicial cumprem, sendo sempre os trabalhadores a
parte prejudicada, uma vez que para as instituições os protocolos
retroagem a Janeiro. Este sector essencial tem de ser devidamente
financiado pelo Estado, mas os trabalhadores não podem ficar dependentes
de uma negociação entre o Estado e a CNIS, na qual não têm voz, para
terem salários dignos!
Exigimos
que, para além da CNIS, também o Estado assuma a sua parte de
responsabilidades e que não elogie apenas no discurso, mas que invista
num sector cujos trabalhadores(as) realizam um trabalho que deveria ser
realizado pelo próprio Estado.
As
trabalhadoras e os trabalhadores que laboram nas Instituições
Particulares de Segurança Social (IPSS) são essenciais para a prestação
de cuidados a crianças, idosos, jovens e adultos com deficiência,
pessoas com adição e vÃtimas em geral da exclusão social. Contrariamente
ao que muitas vezes se propaga, são trabalhadoras e trabalhadores com
elevados nÃveis de formação e especialização que prestam o seu trabalho
com a dedicação e responsabilidade que o mesmo exige e, acima de tudo,
representam a principal base onde assenta a coesão da sociedade.
É
urgente criar condições dignas para as pessoas cuidadas, mas também
para as cuidadoras. Não podem estes trabalhadores e trabalhadoras
continuar com horários sobrecarregados que exigem esforços
sobre-humanos, rácios excessivos, e ao mesmo tempo ganhar o salário
mÃnimo ou pouco mais e não verem o seu trabalho e as suas carreiras
serem socialmente valorizados.
- Aumento significativo dos salários para todos os nÃveis da tabela salarial;
- Fim do estrangulamento da tabela salarial;
- Retirar do SMN os nÃveis mais baixos da tabela salarial;
- Pagamento integral dos retroativos em atraso;
- Aumento das diuturnidades;
- Aumento do subsÃdio de refeição;
- Horário máximo de 35 horas de trabalho semanais para todos os trabalhadores;
- Reconhecimento e valorização do trabalho e das carreiras dos trabalhadores das IPSS;
- O fim da discriminação salarial dos educadores de infância em Creche!
- Equiparação salarial a trabalhadores de outros sectores: a trabalho igual, salário igual;
A Direcção do STSSSS
Ver Pré-aviso de Greve
«ver mais»